domingo, 6 de fevereiro de 2011

Minha Filosofia


Vai passar
Esse meu mal estar
Esse nó na garganta
Deixe estar...
O próprio tempo dirá
Água demais mata a planta

Tudo que é muito, é demais
Peço: me perdoe a redundância
Entrelinhas só quero lembrar
Que a terra fértil um dia se cansa
É uma questão de esperar
Relógio que atrasa não adianta
E o remédio que cura
Também pode matar
Como água demais mata a planta


Os meus, os seus e os nossos medos

O medo é um sentimento que nos ronda 24 horas por dia. Tememos tudo ou quase tudo: da barata ao amor. Ainda temos medo de mudar, perder, arder, sofrer, sonhar, acreditar, decepcionar, morrer. Se por um lado, ele nos protege de situações verdadeiramente ameaçadoras, por outro nos paralisa para outras compensadoras. Fico imaginando se Jesus, Einstein, Sabin, Chico Xavier e tantos outros seres humanos fundamentais da história tivessem paralisado por causa do medo. O que teria sido de nós? E o que fizemos de nós com as oportunidades que deixamos passar, as pessoas não fizemos felizes, os trabalhos que não realizamos, os amores que não vivemos, enquanto estávamos paradas que nem postes, esperando o medo atravessar a rua? Fora da medida certa o medo ganha outros nomes: egoísmo, orgulho e vaidade. Horrível admitir isso. Deixar de fazer qualquer coisa por medo de sofrer, se expor, perder ou se decepcionar é o auge da vaidade humana. É colocar-se num patamar superior, sobre-humano. Calma, porque não é recado para ninguém em especial. Estou falando comigo mesma neste momento, me expondo, tentando me colocar na fila dos mortais que seguem adiante amando e se decepcionando, sonhando e perdendo. Se fugir do que chamam “viver” resolvesse, eu estaria salva, sem cicatrizes. Mas não estou. A zona de conforto não salva ninguém de nada; não impede a dor, as lágrimas e o sofrimento, contudo bloqueia brutalmente a alegria, o prazer e a paz. Triste de quem acredita que construir defesas defende de verdade ou cria imunidade contra algum tipo de machucado. Pessoas, as feridas mais doloridas brotam sobre os escudos imaginários, sabiam? Meu desejo para esse tipo de gente covarde (continuo falando de mim, mas se servir para você também, ótimo!) é que ame como nunca e sofra como sempre. E que entre o amor e a dor existam dias de prazer e alegria jamais vividos nesta vida. “Ei medo, eu não te escuto mais. Você não me leva a nada...” Jota Quest



Texto da Fernanda Santos, que escreve na Contigo e que eu "peguei" pra mim, a carapuça serviu e sei que servirá em muita gente!