segunda-feira, 16 de maio de 2011

o que amamos é na verdade o que éramos quando amávamos

E agente chega num ponto que só resta admitir o erro, o fracasso da relação, o fim.
E os meses passam e continuamos a sofrer, a lamentar e remoer as lembranças de um passado feliz, momentos que não voltarão mais.
Entre um affair e outro, uma recaída e outra que só prova que as coisas mudaram e que nunca será como antes, começamos a enxergar finalmente que chegamos ao fim...

E então revendo as fotos antigas, revivendo aqueles momentos de sintonia e felicidade plena, os sorrisos e os olhos brilhantes revelam o amor que viveram, a alegria compartilhada, as viagens, os fins de semana juntos, as festas com os amigos, a felicidade a dois...Daí agente percebe que na verdade não se amam mais, o que amamos é na verdade o que éramos quando amávamos, amamos não mais um ao outro, mas o que éramos quando estávamos juntos, amamos o que fomos e não o que somos hoje, separados, distantes, completos estranhos....

Abrir o arquivo de fotos é ver que não fracassamos, simplesmente deixamos de vencer. Ali naquelas imagens, as lembranças de tudo que deixamos de ser, as imagens eternizam o amor bonito que vivemos, uma história de amor que ficará guardada para sempre ali.

O medo de recomeçar nos prende as imagens, as lembranças do amor vivido, é esse medo que nos impede de recomeçar, de seguir em frente, mas é preciso tentar, se desprender das amarras, se abrir para um novo amor deixar as portas do coração abertas para um novo amanhã...

Não há saída que não leve a algum lugar.