terça-feira, 28 de dezembro de 2010

acreditar demais

a verdade é que não sei perder, não aprendi dizer adeus. Sou apegada, sou possessiva, eu quero demais, eu gosto demais, eu amo demais. Eu sou o excesso em pessoa!!!
tudo meu tem que ser muito, intenso, pra valer sabe.... pra fazer sobrar....não sei ser de outro jeito, não me imagino feliz de outro jeito e JURO que já tentei.
Não sei aceitar o fim de uma amizade, muito menos de um amor, não entedno como o que eu acreditava ser verdadeiro e sincero de repente acabar, como se nuca tivesse existido....
EUREKA!!!!! eu achei o X da questão....eu acredito demais! eu acredito demais nas pessoas, eu acredito demais no amor, eu acredito demais no mundo.....

A música parou
O mundo parou
Feito filme de comedia romântica
Quando o casal se encontra
Numa locadora ou na lavanderia
Esbarram-se de repente
Se olham
Sorriem
Trocam olhares  palavras gentis
Apaixonam-se ali feito mágica
No instante seguinte
Os lábios se tocam
É pele
Cheiro
Química
Tesão
Vontade de ficar junto
De se amar
E o felizes para sempre
Realmente não tem fim

Clube da Luta

Texto de Marcelo Costa, muito bom, sejam bem vindos:


Onde está a minha mente? 
Mais: onde está a sua mente? 
Mais: quantas mentes nós temos? 
Mais: quantas pessoas nós somos ? 
Mais? 
O mezzo mago, mezzo charlatão, Paulo Coelho, escreveu que temos duas mentes, que enquanto uma "trabalha" a outra "viaja", na maioria das vezes cantando canções estúpidas que ouvimos ao acaso, e não esquecemos durante um tempo. 
Você se lembra? 
Você sabe com quantos socos na cara se consegue um sorriso? 
Ou um bom dentista? 
  Alucinação. 
Glicerina. 
Lipoaspiração. 
Sabonete. 
Medo. 
Arrepio. 
Silêncio. 
Loucura. 
Loucura? 
  Por que você olha no espelho de manhã? 
Por que você guarda dinheiro? 
Por que você gasta? 
O que você tem na cabeça? 
E no coração? E nos olhos? 
E no estômago? 
Lembra de "Seven"? 
Já leu Huxley? 
Viu "Laranja Mecânica"? 
Precisava? 
Por que? 
Onde você estava quando a história estava sendo feita? 
Quando o bolo queimou no forno? 
Quando a pessoa que você ama foi embora?
 Ah, o amor. 
O amor sobrevive. 
Nada é estático. 
Nada é movimento. 
O Império Romano desmorona. 
O Império Financeiro desmorona. 
O amor (você o conhece?) sobrevive. 
De mãos dadas. 
Vendo tudo de camarote. 
É assim que funciona? 
Você acredita em mim? 
Não precisa responder.  Só pense. 
O que somos? 
Consumidores? 
Sonhadores? 
Bastardos? 
Apaixonados? 
Dominados? 
Astronautas? 
Profetas? 
Qual o melhor remédio para a insônia? 
Existe banda melhor que Pixies, hoje? 
Alguém se satisfaz com polêmicas? 
Onde está a sua mente? 
Onde está a minha mente?
Significa alguma coisa? 
Você escolhe? 
Sorvetes. Relógios. Jeans.
 É possível alcançar a paz usando a violência? 
Socos no olho? 
Sangue nas mãos? 
Deslize. 
Escorregue. 
Caia. 
Não fume. 
Não saia de casa. 
Não acredite na Ferrari que você vê. 
No hambúrguer que você come. 
Na Matrix. 
Uma grande atuação de Brad Pitt. 
Uma grande atuação de Brad Pitt? 
Uma grande atuação de Brad Pitt. 
Resistência. 
Consciência. 
Memória. 
Sensacionalismo. 
Beats. 
Bytes.
Enganação. 
O suicídio é um homicídio em legitima defesa.
Defesa? 
  Merecemos os sonhos que temos? 
Merecemos os filmes que vemos? 
Merecemos estar vivos? 
Alguém se lembra de quando tinha cinco anos? 
Alguém se lembra do homem pisando a lua? 
Alguém se lembra de Marcel Plasse falando do My Bloody Valentine? 
Quantos anos você tem? 
Quantos cds você tem? 
Quantos livros você leu? 
Quantas camisas você já vestiu? 
As coisas que você possui, acabam possuindo você?
Inventaram máquina para sorrir? 
E para tirar peso da consciência? 
E para amar? 
E o amor, onde fica? 
Me mostra no mapa?
Deixa pra lá, é tudo loucura. 
Isso é cinema. 
Também conhecida como arte. 
A sétima. 
Isso fica.
O resto desmorona. 
Como colunas de coliseus. 
E sua dor não vai curar você. 
Talvez, o amor. 
Talvez. 
E um segundo de sua vida se foi no segundo que passou. 
Bem vindo ao Clube da Luta. 
Se essa é a sua primeira vez, eu recomendo: assista duas. 
Se der, leia o livro. 
E seja feliz.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Quando chega o fim


"a todos Renatos e Marcelas....."

Era quinta feira, fim de tarde e o silêncio era quase palpável. Na sala, sentado no sofá, Renato balançava as pernas inquietantemente enquanto fumava um cigarro e tomava um copo de uísque com o olhar vago mergulhado em sua melancolia.
No quarto, Marcela secava as lágrimas que escorriam em silêncio pelo seu rosto, como um rio que bem já conhece seu trajeto, colocava algumas roupas na mala e guardava junto suas recordações; lembranças de noites de amor, de flores no café da manhã, de surpresas românticas no fim do dia. Sabia que tudo estava acabado e o vazio em seu peito aumentava à medida que guardava suas coisas e encaixotava seus livros.
Renato andava pela sala de um lado para o outro, esmurrava as paredes tentando conter a emoção e organizar seus pensamentos que o atormentavam. Perguntava-se Por quê? Onde tinha errado? Quem era o culpado pelo fracasso de uma relação que parecia tão estável? Existiam culpados? Ele não tinha nenhuma resposta naquele momento, talvez, nunca às tenha.
Marcela entrou na sala puxando uma das malas dizendo que mandaria buscar o resto depois. Ele a fitava com os olhos marejados e ela não fazia questão de conter as lágrimas que molhavam seu vestido verde, vestido este que Renato reconhecera, era presente de um ano de namoro...
Marcela respirou fundo, olhou bem para os móveis, para o apartamento no qual fora tão feliz e que agora deixava com tanta dor.
Renato e Marcela, Marcela e Renato. Um casal, uma história, uma vida. Um amor que chegou ao fim. FIM.

meu primeiro poema, para meu último amor


“e no instante que seus olhares se cruzaram
os lábios se atraíram,
as bocas se encontraram
e bastou o beijo para
o coração ter certeza
não faltava mais nada
o tempo parou
os sons cessaram
naqule momento
se amaram.”

A Ditadura da Magreza - artigo escrito para a faculdade



Silicone nos seios, quadril simetricamente perfeito e um rosto que traduza beleza clássica. Estes são os requisitos para ser considerada bela, com um corpo ideal. Ilusão das mulheres, principalmente brasileiras. Cerca de 7% destas confessam ter feito algum tipo de cirurgia plástica, e 54% já considerou a idéia de submeter-se a um processo cirúrgico. Os dados fazem parte da pesquisa realizada pela Dove, marca da Unilever, em dez países, dentre os quais apenas 2% das mulheres se dizem belas.
Há alguns anos o modelo da bela mulher era bem diferente e ter algumas gordurinhas a mais era sinal de beleza e saúde. O espartilho era a moda, modelava a silhueta da mulher deixando-as mais bonitas e elegantes. Este já era um sinal da ditadura da moda, já que muitas usavam o espartilho tão apertado que além de não permitir que ela se curvasse, comprimia o seu aparelho digestivo, atrofiava os músculos, espremiam as costelas, os rins e o fígado, levando-as por muitas vezes ao desmaio.

Hoje ser magra é quase que uma obrigação entre as mulheres. Quem tem alguns quilos ou curvas além do desejado já se sente obesa e entra em guerra com a balança. Isso porque, depois de algumas descobertas médicas de que a gordura excedente pode trazer malefícios à saúde, o padrão de beleza mudou radicalmente. E a pressão pelo corpo perfeito só aumentou levando milhares de mulheres de todo o mundo a uma rotina ditatorial para se igualarem as modelos esqueléticas que desfilam nas passarelas do mundo da moda, como se aquelas poucas fossem a maioria e fosse obrigatório a todas as mulheres vestirem manequim 36.

Esta obsessão em busca do corpo perfeito, que leva as mulheres a problemas como anorexia e bulimia, rende lucros bastante rechonchudos para os autores de dietas de todos os tipos que variam de tipo sangüíneo, dieta das celebridades (a “ortomolecular”) e mais um número exorbitante de remédios para emagrecer.
Atualmente, a criação de novos cosméticos e prática de cirurgias plásticas são tão freqüentes que se devem ter condições para corrigir ou esconder as imperfeições a todo custo. A insatisfação acompanha desde a seleção para emprego até o autocontrole emocional. O estereótipo de beleza contemporâneo é vendido pela mídia, e esta faz acreditar que é a receita para a felicidade. Uma Gisele Bündchen, por exemplo, pode fotografar e desfilar muito bem, mas, fora das passarelas, quem pode garantir que sua vida será sempre satisfeita e feliz?
No entanto, 13% das mulheres afirmaram que somente as top models são realmente bonitas. E ainda de acordo com a pesquisa, 68% das mulheres concordam que a mídia utiliza padrões irreais e inatingíveis de beleza. Percebendo que a identidade estética de cada ser humano é variável e particular, os especialistas indicam soluções mais saudáveis e eficientes a longo prazo, como a prática de esportes e as academias de ginástica.
Mas o culto ao corpo e a busca exagerada por uma beleza idealizada podem trazer conseqüências dolorosas, por vezes, irreversíveis. A inversão dos valores, o ter versus o ser, já é um traço característico da sociedade. A constante insatisfação pessoal e a depressão podem gerar um comportamento excluso à família e à sociedade.
A televisão, as revistas, o cinema, enfim todas essas mídias formadoras de opinião apresentam mulheres lindas, e magras sempre associadas com um bom nível social, fama, amor e dinheiro, o que cria uma ilusão em milhões de jovens e adolescentes que almejam para si esse ideal.

Há como fugir desse estereótipo? Difícil. A mídia cria o modelo, por exigência do mercado e os seres comuns do planeta correm atrás desse ideal de beleza.
Na Grécia antiga, Vênus de Milo mostrava um corpo feminino forte, sem os extremos exagerados que vemos entre a Renascença, onde a beleza feminina eram formas quase obesas e excessivamente arredondadas, e os espartilhos do século 19, que deixavam a “cintura de vespa”, até o emagrecimento absoluto que começou a ganhar força após os anos 60, do século XX. Até chegar ao corpo magro e malhado, ornado de músculos, do início do século XXI, onde as protuberâncias são obtidas com próteses e as gorduras sugadas em lipoesculturas.

A ditadura da moda, como toda ditadura que se preze, esta envolvida com alguns tipos de torturas físicas e psíquicas e para se chegar o mais próximo possível do padrão de beleza imposto em cada época já envolveu tratamentos estranhos, longos, dolorosos e caríssimos.
                                        
A indústria da moda ao ditar um padrão quase inatingível, ao apresentar modelos quase inverossímeis, distancia-se, cada vez mais, da realidade, ameaçando, assim, a sua própria continuação. Porque, de repente, pode haver um consenso de que por trás de tantas imposições existe na verdade, uma falsa arte. E as mulheres, principalmente, poderão começar a se cansar de serem rejeitadas em sua natureza por essa indústria e passarão a rejeitar não só as suas regras, mas a indústria da Moda como um todo,seus padrões de beleza e magreza, cansadas de estarem sendo privadas do prazer de viver com saúde em nome de um falso modelo de perfeição.

A busca descontrolada pelo corpo perfeito deve ser controlada. Mas quem deve fazer esse papel? Essa é uma responsabilidade de toda a sociedade, já que todos têm uma parcela de culpa nessa situação. Porém os meios de mídia abrangem muitas pessoas e de diversas classes sociais ao mesmo tempo. Logo seria plausível a idéia dos meios de comunicação começarem a desempenhar esse papel. Desse modo os responsáveis por criarem mais uma neurose na mente feminina ajudariam essas mesmas mulheres a serem mais felizes do jeito que elas são e sem precisar recorrer a médicos e pílulas para se sentirem confortáveis em sua própria pele.

Atualmente, verificamos a mobilização de alguns publicitários em favor da responsabilidade social nos anúncios. Olivetto, fundador da agência de propaganda W/Brasil, cita que para uma mensagem publicitária ser verdadeiramente efetiva na venda de um produto tem que fazer mais do que pura e simplesmente vender o produto. Tem que acrescentar algo de útil na vida do consumidor. "Não importa o que seja, mas tem de ter esse algo mais, porque assim é mais eficiente, assim é melhor negócio, assim é mais responsável com o quadro social e assim é mais contemporâneo", segundo Washington Olivetto.

Segundo Francisco Gracioso, presidente da Escola Superior de Propaganda e Marketing, os publicitários receitam o remédio, como aplicar a responsabilidade social nas propagandas, mas eles próprios nunca tomam. Diante desta consideração e da constatação de colocar ênfase na responsabilidade social da propaganda, um grupo de publicitários composto por ele, Hiran Castelo Branco, José Roberto Whitaker Penteado, Christina Carvalho Pinto e Ricardo Guimarães estão elaborando um Código da Responsabilidade Social da Propaganda.

"Eu  acredito na real beleza, aquela que está em todas as cores, idades, formas e tamanhos. Eu acredito na beleza maior, que vem da alma."

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

o homem ideal

Um dia me perguntaram o que eu queria de um homem, como seria o meu homem ideal - desde já lembrando que se é ideal, é porque está no campo das ideias, no imaginário, rs - bom mas eu respondi como seria esse homem não o que ele devia ter, mas o que ele devia ser. 
Se eu pudesse escolher eu ia querer um homem que:
fosse meu companheiro;
meu amigo;
meu amante; 
e que me faça rir,
mas que também  seque minhas lágrimas;
que converse comigo mas saiba respeitas minhas mania de me fechar em silêncio.
E que me traga flores quando não houver data especial,
mas apenas o fato dele me amar.
Quero um homem que queira sair pra se divertir,
mas que goste de namorar em casa.
Que saia de maos dadas comigo e que se divirta ao meu lado mesmo fazendo nada.
Um homem que me diga que estou bonita mesmo ao acordar,
e que principalmente queira viver ao meu lado.
Construir uma vida comigo,aprender, crescer junto.
Um homem que me ame e me respeite
E que mesmo que não me entenda me aceite como sou.

Carta aberta ao fim de um namoro

Sim, está tudo acabado.
Os sonhos, as esperanças, os filmes debaixo do edredom com pipoca e brigadeiro
Os cinemas nas tardes de folga, o sorvete no parque, os braços dados, os abraços apertados, as noites de amor.
Acabaram as tardes de domingo na cama falando bobagem e fazendo brincadeiras infantis, discutindo nomes de filhos que ainda não fizeram e como será a casa que ainda não têm.
Acabaram os jantares românticos que ela fazia a luz de velas e você desconcertado não sabia como se comportar, acabaram as massagens que ela fazia em teus pés cansados de um dia longo de serviço, a comida que ela fazia só para você e esquentava no microondas quando você puto da vida ficava até mais tarde no serviço.
Acabaram as manhãs em que ela te acordava com beijos cheios de amor e o café cheirando lá da cozinha.
Acabaram os bombons nos dias de TPM, os cafunés antes de dormir.
Acabaram os telefonemas de fim de noite com declarações de amor, as noites de amor vezes românticas vezes selvagens.
Acabaram os carinhos na barriga, as mordidas na nuca que te tiravam o prumo, as palhaçadas que ele fazia só pra te ver sorrir quando vocês estava estressada.
É acabou!
E dói, faz sofrer aos dois, que por um tempo foram um só e hoje são apenas metade de um inteiro que não existe mais.
Dói no coração dela que chora ao ouvir aquela música que lembra você, dói no coração dele que envergonhado molhas os travesseiros com as lágrimas no meio da madrugada.
Dói quando a saudade aperta e ele pega o telefone na dúvida se liga ou manda mensagem, dói quando ela olha as fotos e pensa como ele está?
Dói quando ela pensa se ele já tem outra, e dói quando ele teme ter feito a coisa errada.
Dói a esperança perdida, os sonhos desfeitos,
dói os beijos não dados, os “eu te amo” não ditos, a relação não discutida.
Dói e dói, por muito tempo.
Leoni - 50 receitas 



Eu respiro tentando encher os pulmões de vida
Mas ainda é difícil deixar qualquer luz entrar
Ainda sinto por dentro toda a dor dessa ferida
Mas o pior é pensar que isso um dia vai cicatrizar

Eu queria manter cada corte em carne viva
A minha dor em eterna exposição
E sair nos jornais e na televisão
Só pra te enlouquecer
Até você me pedir perdão

Eu já ouvi 50 receitas pra te esquecer
Que só me lembram que nada vai resolver
Porque tudo, tudo me traz você
E eu já não tenho pra onde correr

O que me dá raiva não é o que você fez de errado
Nem seus muitos defeitos
Nem você ter me deixado
Nem seu jeito fútil de falar da vida alheia
Nem o que eu não vivi aprisionado em sua teia

O que me dá raiva são as flores e os dias de Sol
São os seus beijos e o que eu tinha sonhado pra nós
São seus olhos e mãos e seu abraço protetor
É o que vai me faltar
O que fazer do meu amor?

Eu já ouvi 50 receitas pra te esquecer
Que só me lembram que nada vai resolver
Porque tudo, tudo me traz você
E eu já não tenho pra onde correr