terça-feira, 26 de outubro de 2010

Decifra-me ou devoro-te

Deixando de lado as angústias e os delírios de Perséfone compartilho com vocês um texto que achei quando navegava e gostei muito....

"Você já se sentiu uma devoradora implacável de garotos indefesos? Uma medusa? (segundo a mitologia grega, mulher mortal com cabeça de serpente, que aterrorizava os homens e tinha o poder de transformar em estátuas de pedra quem olhasse fixamente em seus olhos). Claro que já! Alguns homens agem como se você fosse uma figura mitológica que não pode manifestar qualquer forma de carinho, porque senão petrificam. O que muitos não entendem é que nem todas as mulheres têm cabeça de serpente, tentáculos ameaçadores, nem são perigosas ou anseiam destruir as masmorras que eles construíram para se proteger da vida. Às vezes, só queremos manter acesa uma amizade sincera, um bem-querer verdadeiro, e eles reagem de forma desproporcional à entrega. Evitam você, não retornam suas ligações, ignoram suas mensagens. Sem falar no quanto fazem você se sentir ainda mais repugnante a cada tentativa de aproximação. Que pena! Que cansaço! Que habilidade em afastar o que é genuíno, desinteressado! Como cantou Cazuza, “suas ideias não correspondem aos fatos...”. Resta saber por que tanto pavor de olhar fixamente nos seus olhos... Será que é medo de que saia um louco de dentro deles? Medo de perder o controle? As defesas? Se nós somos medusas, lembro que Aquiles lutou com armadura até os dentes, mas foi atingido por uma flecha fatal no calcanhar. Calma, meninos, isso não é uma ameaça. É apenas uma constatação. Durmam tranquilos."

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